terça-feira, 12 de julho de 2016

Questões ENEM - 2014 - FILOSOFIA


1. (ENEM 2014) Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um discurso prático, a um acordo quanto à validade
dessa norma.
HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.
Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida pelo(a):

  1. liberdade humana, que consagra a vontade.
  2. razão comunicativa, que requer um consenso.
  3. conhecimento filosófico, que expressa a verdade.
  4. técnica científica, que aumenta o poder do homem.
  5. poder político, que se concentra no sistema partidário.

2. (ENEM – 2014 ): Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de dano.

EPICURO DE SAMOS. Doutrinas principais. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974.

No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim

a) alcançar o prazer moderado e a felicidade.
b) valorizar os deveres e as obrigações sociais.
c) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.
d) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade.
e) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber.

 

3. (ENEM – 2014)

Descrição: http://blogdovestibular.enem2015.pro.br/wp-content/uploads/2014/12/Plat-C3-A3o.png

No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a
A) Suspensão do juízo como reveladora da verdade.
B) Realidade inteligível por meio do método dialético.
C) Salvação da condição mortal pelo poder de Deus.
D) Essência das coisas sensíveis no intelecto divino.
E) Ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.

 

4. (ENEM – 2014): É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por contribuir para o(a)

  1. dissolução do saber científico.
  2. recuperação dos antigos juízos.
  3. exaltação do pensamento clássico.
  4. surgimento do conhecimento inabalável.
  5. fortalecimento dos preconceitos religiosos.

 

5. (ENEM – 2014)
TEXTO I
Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de que não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasilía: UnB, 1987 (adaptado).
TEXTO II
Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.
Comparando os textos I e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a)

  1. prestígio social.
  2. acúmulo de riqueza.
  3. participação política.
  4. local de nascimento.
  5. grupo de parentesco.

 

6. (ENEM – 2014) A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto.

GALILEI, G. O ensaiador. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

No contexto da Revolução Científica do século XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a

a) continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade Média.

b) necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame matemático

c) oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia escolástica.

d) importância da independência da investigação científica pretendida pela Igreja.

e) inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional da natureza.

 

 GABARITO

1 – B

2 – A

3 – B

4 – D

5 – C
6 –  C

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